quarta-feira, 22 de junho de 2011

Respiramos ar puro ou poluído?

ARTIGO
Com a chegada do inverno e as variações de temperatura associadas ao clima seco característico nesta época do ano, surgem às complicações respiratórias. Neste grupo de sintomáticos, os mais afetados são os pacientes portadores de asma e as crianças. 

Dia 21 deste mês será comemorado o dia nacional de controle da asma e será também o inicio oficial do inverno. A asma é uma doença inflamatória crônica que afeta as vias aéreas, ou seja, os pulmões. Os portadores deste tipo de doença apresentam tosse, chiado no peito e dificuldade para respirar.  O processo inflamatório deixa essas pessoas sensíveis a substâncias irritantes como fumaça de cigarro ou fumaça em conseqüência da poluição ambiental e exposição ao cheiro de produtos de limpeza e substancias químicas em geral que exalem odor tóxico.

Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco (secreção) causando obstrução dos canais onde passa o ar, iniciando assim uma crise respiratória.

Em relação a este período do ano, as crianças também costumam apresentar diversas complicações respiratórias. Há um aumento significativo de crianças atendidas nas unidades de saúde, vítimas do ar seco e poluído.  E o que fazer para minimizar os problemas tanto das crianças quanto das pessoas que sofrem de asma?

Para que o ar esteja em condições perfeitas para o ser humano, ele precisa está com 50% a 60% de umidade relativa, segundo a organização mundial da saúde. Porém nesta época do ano a umidade diminui, causando inversão térmica e provocando uma maior dificuldade de dispersão da poluição. A baixa umidade associada aos agentes poluentes como a fumaça, poeira e outros resíduos no ar, provoca irritação na garganta e nos olhos, processos alérgicos respiratórios e outros distúrbios orgânicos, como mal estar geral.

A hidratação corporal através do uso de água potável é importantíssima para se livrar dos problemas relacionados ao tempo seco. Devemos oferecer para as crianças água durante todo o dia. Não espere vir à sede para tomar água, pois ela deve ser ingerida rotineiramente nos intervalos das refeições. Quando sentimos sede, o corpo já está começando a sofrer as conseqüências da desidratação. O melhor é não esperar vir à sede para tomar água.

O quarto em que dormem crianças deve ter o ar mais puro possível. Reconhecemos a dificuldade de muitas famílias em manter um quarto livre da poeira.  Porém gostaríamos de deixar algumas orientações que podem melhorar as condições respiratórias das crianças. Não deixe pó acumulado sobre os móveis (guarda-roupas); retire as caixas de papelão e coloque em outro ambiente; passe um pano úmido no piso antes das crianças dormirem a fim de eliminar a poeira; deixe uma vasilha com água ou uma toalha molhada sobre uma cadeira dentre do quarto – se houver crianças menor de quatro anos, não coloque vasilha com água, principalmente baldes, devido ao risco de afogamento. Importante também lembrar que o quarto precisa receber a luz do dia e ser ventilado para eliminar fungos e ácaros (vilões nos processos alérgicos). 

Para os praticantes de exercícios físicos ao ar livre, é necessário alguns cuidados quanto ao horário da prática dos exercícios, o local e a intensidade dos mesmos. Muitos utilizam justamente o horário de pico da população em geral para se exercitar.  Ocupam praças ao lado de avenidas com alto fluxo de veículos e às vezes exageram na intensidade dos exercícios. Procurar um local mais afastado do transito, utilizar principalmente os horários que não coincidam com o horário de pico dos automóveis e praticar exercícios sempre com orientação de um profissional e muito importante para obter bons resultados. É comum o esforço físico em ambientes com poluição ativa, o aparecimento de distúrbios respiratórios, dispnéias (falta de ar), tosse, coriza, sangramentos da mucosa nasal, irritação na garganta, etc.

A exposição freqüente das pessoas a esses agravantes ou poluentes ambientais e a outras substancias tóxicas ocupacionais, podem sim desencadear crises respiratórias crônicas, minando a qualidade de vida do ser humano. Uma vez que a pessoa apresente distúrbios respiratórios é importante procurar a ajuda de um profissional médico para que seja realizado o tratamento e seja se possível identificado o agente causador.  Quando identificado é possível estabelecer os limites que a pessoa deve manter em relação aos alérgenos  ( substâncias causadora do problema) ambientais ou ocupacionais, e  usar proteção contra os mesmos.

Atualmente há uma preocupação mundial com a mudança dos fatores climáticos e com a preservação do meio ambiente.  Isso porque é necessário diminuir a poluição do ar, pois sem uma boa oxigenação é impossível ter qualidade de vida. O oxigênio presente no ar puro regenera as células, melhora a circulação sanguínea, faz bem ao coração, fígado, rins, intestinos, ativa a memória e renova as energias do corpo.

Waldiney Canni Santos é enfermeiro e atua no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA Juína) e escreve especialmente para o JNMT

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