terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aripuanã / Após atraso de 6 meses usina entra em operação

Após 6 meses de atraso, a Usina de Dardanelos, instalada no rio Aripuanã, está pronta para entrar em operação, gerando 261 megawatts (MW) de energia. As informações são do diretor técnico da Energética Águas da Pedra, Arfield Ramos Tomas, prevendo início das atividades em até uma semana, já que solicitação ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para operação comercial foi apresentada. No empreendimento foram investidos R$ 580 milhões. Por enquanto, estão sendo realizados testes.


"Agora é rápido, único problema é o baixo volume de água, porque com a seca a vazão diminuiu muito". Linhas de transmissão (LT) interligando Aripuanã às subestações em Brasnorte e Juína e então ao Sistema Integrado Nacional (SIN) estão concluídos. Gerente de operações da Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia Ltda (EBTE), Joeval Gusmão da Rosa, diz que o trecho de 207 km entre Brasnorte e Juína está concluído, após embargo indígena. "Desde início deste mês LT está pronta". Ela integra um empreendimento de 775 km de extensão no Estado.

De acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o grupo de linhas possibilitará o escoamento de energia de diversas usinas instaladas e a serem construídas em Mato Grosso, agregando 1,120 mil MW de potência ao SIN. Conforme dados do primeiro balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para período 2011-2014, apresentado nesta sexta-feira (29), associando a produção energética de Dardanelos à hidrelétrica de Estreito, no Rio Tocantins (MA/TO) e do Complexo Eólico Cerro Chato, no Rio Grande do Sul, mais 2 mil megawatts de energia entram em operação no país. Balanço do PAC 2 mostra que 14% das obras do setor de energia já foram concluídas, havendo 76% em andamento adequado, 9% que merecem atenção e 1% em situação preocupante.

Em Mato Grosso existe atualmente 49 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com potência instalada de 645,92 MW. Conforme estudo apresentado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre 2014 e 2019 serão viabilizados projetos de 7 usinas hidrelétricas (UHE) em Mato Grosso, as quais permitirão gerar mais 4,072 mil MW de energia, somados aos atuais 1,95 mil MW, montante proporcional a 1,98% da potência total no país (108,26 mil MW) e 22% da região Centro-Oeste.

No ultimo dia 27 foi assinado contrato de concessão do Lote A do Leilão de Transmissão 008/2010, na Aneel. Entre eles, da subestação de Lucas do Rio Verde, de 230/138 kV, arrematada pela Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A. O deságio médio foi de 35,03%. A Receita Anual Permitida (RAP) ofertada foi de R$ 1,917 milhão. Obra deve gerar 120 empregos diretos, sendo entregue em 2 anos. Com empreendimento, crescimento da carga da cidade será suprido. Foram leiloados 7 empreendimentos, com 555 km de linhas de transmissão e 9 subestações, disputados por 14 empresas e 10 consórcios. Os investidores são brasileiros, espanhóis, chineses e portugueses.

A Gazeta

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