Depois de perder o mandato de deputado federal, Ságuas Moraes (PT) deve se encontrar com o governador Silval Barbosa (PMDB) na próxima semana para conversar sobre a possibilidade de o petista ocupar algum cargo no governo, não necessariamente a Secretaria de Educação.
A prioridade de Ságuas é conseguir que os três deputados federais da sua coligação abram espaço para ele retorna à Câmara Federal num sistema de rodízio. Podem se licenciar para deixar o petista assumir os deputados Wellington Fagundes (PR), Homero Pereira (PR) e Carlos Bezerra (PMDB).
Ságuas afirma que a dificuldade para o rodízio é financeira e administrativa, pois quem se licencia fica sem salário. Outra questão é com o pessoal contratado pelos deputados. “Não dá para dispensar o pessoal contratado para colocar a minha equipe. Quem sai fica sem salário, sem verba de gabinete. Então são esses arranjos que estamos acertando”, explicou Ságuas.
Independente da definição a ser tomada, Ságuas afirma que vai continuar em alguma função com ligação política, pois quer se candidatar em 2014 a deputado federal. “Sem mandato, sei que preciso continuar numa função que permita o contato com as bases e o trânsito pelo Estado para poder concorrer no próximo pleito”, admitiu o ex-deputado.
Ele foi secretário de Educação por três anos, de 2007 a 2009, no governo de Blairo Maggi (PR). O comando da secretaria ainda é indicação do PT. No entanto, se não der certo o rodízio, não necessariamente ele deve voltar para a Educação.
Médico pediatra, Ságuas afirma que pretende ficar na vida política por mais oito anos. Depois quer voltar a ser mais ativo em sua profissão. Entretanto, ele explica que, depois de eleito e participante de um grupo político é difícil deixar “essa vida”. “Você entra por causa dos amigos e não sair por causas dos inimigos. Se você falar em sair, os amigos não deixam porque o inimigo poderia se eleger no lugar”, explicou o petista.
O petista afirma que quer retornar a atividade de pediatria para garantir seu futuro. Segundo ele, nos dois mandatos como prefeito de juína e dois de deputado estadual só conseguiu reduzir o patrimônio. Recém-formado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ságuas serviu ao exército como tenente-médico em Porto Velho. Depois fez especialização em Brasília. Quando voltou, foi trabalhar em Juína, onde seu pai morava. “Mas enquanto eu era médico nunca houve concurso público lá. Quando teve foi porque eu, como prefeito, promovi, então não podia concorrer”, disse Ságuas.
ANA ROSA FAGUNDES
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