A greve dos investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil Mato Grosso foi considerada ilegal pela justiça estadual. Se o sindicato da categoria se recusar a retornar ao trabalho deverá pagar multa diária de R$ 20 mil. A ação de ilegalidade da greve por protocolada na justiça pela Procuradoria Geral do Estado e a decisão foi proferida pelo desembargador Guiomar Teodoro Borges.
De acordo com a decisão, "a atividade própria dos integrantes das categorias vinculada aos sindicatos requeridos dizem respeito ao agir estatal com vistas à realização da persecução penal, aliás que tanto incomoda o cidadão que paga os respectivos tributos e tem a sensação de que essa natureza de serviços, mesmo funcionando regularmente, não corresponde as suas expectativas. Imagine paralisada, como se propõem os requeridos".
Nota publicada pela assessoria de imprensa da Procuradoria, afirma que a paralisação da categoria traz inúmeros prejuízos ao Estado, no atendimento da população nas delegacias, bem como nas investigações de crimes ocorridos durante a paralisação desses servidores. "A greve no serviço público atinge diretamente os interesses dos cidadãos que necessitam da prestação do serviço público", aponta do texto.
Conforme Só Notícias já informou, a greve iniciou no dia 1º deste mês, teve uma pausa e foi retomada na terça-feira (19). A categoria considerou "indecente" a proposta salarial apresentada pelo governo do Estado, que previa salário de R$ 2.460 a partir de dezembro deste ano, para iniciantes, chegando, em maio de 2014, a R$ 3.274.49. O salário atual aplicado é de R$ 2,3 mil para início de carreira.
Atualmente apenas 30% do efetivo está mantido, como previsto em lei, para atender flagrantes e casos mais complexos. As investigações estavam paralisadas. Anteriormente, os servidores prometiam ser "mais radicais com o governo".
Mato Grosso, segundo dados do sindicato, conta com cerca de 2,1 mil investigadores.
Alex Fama
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