Os três indígenas que estavam presos na Cadeia Pública de Juína, sob a acusação de terem matado Francisco Alvacir Gomes de 54 anos na noite da última segunda-feira, 11 de Julho, em um bar na Avenida 09 de Maio, no centro de Juína, foram transferidos para outra cidade.
A informação dá conta que essa medida foi necessária, tendo em vista que um grupo de índios estava arquitetando e planejando invadir a Cadeia Pública de Juína na tentativa de resgatar os três detidos.
O líder indígena Dalaimacê, da etnia Ena-Wene-Nawe, afirmou que não admitem a prisão dos acusados, já que segundo eles, o crime foi em legítima defesa.
“A vítima estava ameaçando Jair (líder indígena preso) há algum tempo. No bar a vítima chegou armada com uma faca e desferiu um golpe” – explicou.
Ele já estava mobilizando centenas de índios de diversas etnias da região. “Comunicamos nossos parentes que devem chegar até quinta-feira, para resgatar os presos” – contou. Caso não sejam atendidos, os índios prometem destruir a cadeia. “Vamos quebrar tudo e liberar todo mundo” – alertou.
Apuramos ainda que ontem mesmo os indígenas resolveram não invadir a cadeia, a recuada ocorreu após reunião com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Juína.
Ao que tudo indica, a Juíza substituta Drª Elza Yara Ribeiro Sales se reunirá na tarde de hoje com representantes indígenas para esclarecer a situação e decidir que medidas serão tomadas de agora em diante.
O coordenador da Funai de Juína Antônio Carlos de Aquino que está em Cuiabá, informou ao site JNMT que já se reuniu com o procurador federal do órgão, solicitando a petição para o relaxamento da prisão. O procurador alegará a legítima defesa e pedirá que os detidos possam ficar sobre a tutela da Funai.
JNMT, com Marcelo Guedes
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