Um empresário acusa o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, de cobrar e obter do prefeito de Lucas do Rio Verde (MT), Marino Franz (PPS), uma casa em troca de obras e outros benefícios para o município. A acusação foi feita em 2008 por Hélio Moraga, 37, depois de um acordo de delação premiada proposto pelo Ministério Público de Mato Grosso em um inquérito que gerou a denúncia de 24 pessoas por improbidade administrativa, entre autoridades da prefeitura e o próprio empresário.
Pagot não era investigado e não foi denunciado, já que o foco do inquérito eram irregularidades cometidas por autoridades do município. O grupo é acusado de ter montado um esquema de fraudes em licitação e desvio de verbas do município.
Em depoimento prestado à Polícia Civil e ao Ministério Público em julho de 2008, Moraga afirma que houve "um acerto" entre Pagot, a Prefeitura e o próprio empresário. Moraga era sócio do secretário municipal de Obras, Rafael Balizardo, um dos denunciados.
"No começo de 2005, Rafael Balizardo procurou o depoente dizendo que o sr. Luiz Antônio Pagot traria alguns benefícios para Lucas e em troca eles teriam que ajudar o sr. João Pagot a construir uma casa", afirma o depoimento, publicado nesta segunda-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo".
24 Horas News
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