Com objetivo de realizar um trabalho de integração da área da pesquisa e da extensão rural para aumentar a produtividade da cultura do feijão, diminuindo custos de produção e aumentando a área plantada. Vinte Unidades Demonstrativas (UDs) de feijoeiro comum para a agricultura familiar foram instaladas em Mato Grosso. O pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Valter Martins de Almeida, visitou 13 municípios e disponibilizou para a semeadura 15 cultivares de feijão dos grupos comerciais carioca, preto, roxo, mulatinho e manteigão.
Foram disponibilizadas cinco variedades de feijão do grupo carioca, cinco do preto, um do roxo, manteigão, mulatinho e dois tipos exportação. Segundo o pesquisador é imprescindível que o produtor avalie os resultados da produção do feijão, acompanhando na lavoura a produtividade, qualidade culinária, resistência às doenças, arquitetura de plantas, ciclo vegetativo, época de semeadura e outros.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-2009), a agricultura familiar participa com 15% da produção de feijão no Estado de Mato Grosso, produzindo em torno de dez mil toneladas. A cultura do feijoeiro no Estado ocupa uma área de 50 mil hectares, com uma produção de 79 mil toneladas e produtividade média de 1.600 quilos por hectare. As Unidades em implantação estão no sistema de cultivo do feijão da seca. Mais informações poderão ser obtidas junto aos extensionistas locais da Empaer dos municípios citados.
A doutora em fertilidade do solo da Empaer, Maria Luiza Perez Villar, diz que já testam seis variedades de feijão, no Centro de Pesquisa da Empaer, no município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá). Ela esclarece que a cultura do feijoeiro é conhecida como empobrecedora do solo e exige maior quantidade de nutrientes disponíveis a partir de 40 dias após a germinação.
Os produtores rurais dos municípios de Chapada dos Guimarães, Lucas do Rio Verde, Acorizal, Nobres, Rosário Oeste, Nova Mutum, Guarantã do Norte, Colíder, Paranaíta, Apiacás, Juína, Aripuanã e Colniza receberam a visita do pesquisador que coletou amostras do solo para fazer a análise e verificar a fertilidade da terra. Conforme Martins, as cultivares são oriundas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Cada produtor vai plantar de dois a cinco mil metros quadrados e receberão até oito quilos de sementes. A intenção é auxiliar o produtor a fim de que este produza um feijão de qualidade para subsistência e comercialização do excedente, incentivando a utilização de boas práticas agrícolas na recuperação da fertilidade dos solos já cultivados e manejo da cultura.
A Gazeta
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