terça-feira, 29 de março de 2011

Educação promove curso sobre sexualidade das pessoas com deficiência intelectual


Setenta e seis profissionais da educação dos municípios de Cuiabá, Cáceres, Pontes e Lacerda e Juína, participam até 31 de março, do curso sobre Como trabalhar a sexualidade do Deficiente Intelectual, promovido pelo Núcleo de Apoio Pedagógico ao Déficit Intelectual (Napdi) que integra o Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). “Tentamos, por meio de constantes formações acabar com o tabu, com o preconceito diante de uma situação que necessita ser interpretada com extrema naturalidade, já que é um processo inerente a qualquer pessoa”, explica a coordenadora do Napdi, Deglene Brito dos Santos.

Napdi explica que é fundamental as famílias, escolas e sociedade trabalharem de maneira contínua para garantir o processo de inclusão por meio da orientação.Sabemos que muitas vezes os pais, na busca de protegê-los acabam por privá-los da informação e por isso a necessidade de integração nas orientações. Eles terão curiosidade e se desenvolverão, com algumas limitações, mas devem ter acesso à orientação.

Ela ainda avalia que o currículo planejado pelas unidades escolares deve trabalhar a questão da sexualidade. “Os alunos, de maneira geral, necessitam ser preparados”, diz e pondera também que ao longo de dez anos vem presenciando sensíveis melhoras no processo de inclusão, mas avalia ser consciente de que o trabalho é longo, complexo e contínuo.

Durante a capacitação os profissionais serão convocados a realizarem um estudo de caso sobre a realidade que encontram nas respectivas unidades escolares e as práticas adotadas para ampliar o processo de inclusão. Caberá, dentro dessa proposta de trabalho, esmiuçar as dificuldades enfrentadas, assim como os acertos. Durante a apresentação os profissionais poderão tirar dúvidas inerentes às atividades, assim como terão a oportunidade de aperfeiçoar as práticas mediante o conhecimento das situações vivenciadas por colegas. O estudo de caso será apresentado a uma banca de profissionais que atuam em atividades multidisciplinares (fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo, fisioterapeuta, assistente social) do Casies.

Para o segundo dia do evento estão programadas palestras com a psicóloga Ângela Alves e com o psicanalista Mauri Costa que atuam no Casies. Na abertura, dia 28, a Gerente de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação, Nágela Zambonato, traçou um perfil do atendimento na área educacional em Mato Grosso voltado aos portadores de necessidades especiais.

A formação terá carga horária de 40 horas. Desse total, 20 horas/aula são presenciais e outras 20h/aula serão computadas mediante apresentação do estudo de caso.

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