Um bebê morreu durante o parto em Colniza no último dia 25 por volta das três horas na manhã, no Hospital Municipal André Magg. O parto mal sucedido era para ser normal mas o bebê não sobreviveu. A advogada da mãe, Inaíta Arnold pediu a abertura de um inquérito policial para apuração das causas da morte do bebê. Há denuncia de que a mãe teria sofrido agressões verbais durante o processo do parto. Josilene Vieira Rosa, 20 anos, a mãe do bebê, não quiz fazer comentários.
A advogada informou que ela está passando por uma fase psicológica cansativa, e por isso quer poupá-la de dar declarações pessoalmente. No relatório divulgado, a advogada disse que Josilene afirma ter sido vítima de um tratamento desumano pela equipe médica chegando a ser chamada de “doente mental” e uma enfermeira teria dito que “bateria nela se fosse sua filha”.
Outro fato relatado por Inaíta foi o da não permissão de acompanhamento por parte da mão de Josilene na hora do parto, e do não atendimento no requerimento do prontuário médico feito pela advogada, que admitiu a possibilidade de apresentar denuncia do caso ao Ministério Público Estadual.
A secretária de Saúde, Sônia Aparecida, disse por telefone que irá ser instaurado um inquérito administrativo para a apuração do que aconteceu na sala de parto naquela madrugada.
A diretora do Hospital Municipal Vanilda Pinheiro Almeida disse que a direção tem um prazo para entrega do prontuário médico, e que o documento está sendo utilizado para a abertura do inquérito administrativo. Ela disse também que o acompanhamento da gestante pela mãe teria que ter feito durante o pré-natal, para ser possível a sua presença na sala de parto - o que segundo ela não foi feito pela mãe de Josilene.
A enfermeira chefe do hospital, Vaudici Machado, disse que quando foi solicitada na sala de parto já encontrou o médico responsável, o cirurgião geral Nilson Borges de Oliveira, tentando reanimar o bebê. O médico não quis falar sobre o assunto.
O diretor-clínico do Hospital André Maggi, Mário Nunes, expicou que o processo para o parto natural estava em perfeito processo e dentro da normalidade. Ele classificou a morte do bebe como uma fatalidade. “A morte da criança pode ter tido várias fatores, causado por um parto difícil” - disse. O médico contou ainda que, de acordo com o cirurgião que atuou no parto, a gestante não teria colaborado chegando a sentar já com o bebê encaixado para nascer.
O diretor-clínico afirma que ao constatar que o parto natural não aconteceria foi realizado a cirurgia cesariana, mas o bebê não sobreviveu. “Sinceramente eu não vejo erro médico” - comentou. Ele também afirmou que quanto existe a possibilidade, de fato, de a paciente ter sido chamada de "doente mental", mas minimizou a citação atribuindo-a a situação de tensão vivida pela mãe e pela equipe, mas que nunca a equipe teria a intenção de cataloga-lá como tal.
Ivonei Cheminski
de Colniza
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