A Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) decidiu reajustar em 3,5% a lista de preços mínimos da madeira em Mato Grosso. É com base nela que o governo estadual cobra o ICMS sobre a venda de madeira bruta e industrializada. A portaria já foi publicada no Diário Oficial do Estado. O aumento, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), José Eduardo Pinto, vai vigorar já a partir deste mês (março) para compensados e laminados, por exemplo.
Eduardo explicou que a Sefaz pretendia fazer um reajuste que poderia chegar até 10% sobre alguns dos produtos derivados da madeira. No entanto, representantes do sindicato fizeram algumas reuniões com a equipe técnica da secretária para que este aumento "não fosse tão oneroso para o setor". Na prática, quanto maior o valor na lista de preços maior é o volume de impostos pagos e, para algumas essencias, nem sempre o valor da pauta acaba sendo o valor de mercado praticando por algumas madeireiras.
Segundo o presidente, a Sefaz utilizou o argumento da correção inflacionária. "Mesmo o setor não concordando com o aumento, chegamos a um consenso. Sem dúvida este aumento onera ainda mais o setor. Nós temos uma das maiores cargas tributárias em relação a outros estados concorrentes. Acredito que o nosso setor vai conseguir absorver este reajuste", disse.
Uma das principais críticas do setor madeireiro é com a perda de competitividade de Mato Grosso em relação a outros estados produtores de madeira como Rondônia e Pará devido aos altos impostos cobrados. Há casos em que alguns tipos de madeiras comercializadas nos estados vizinhos chegam a ser até 40% mais barata do que a de Mato Grosso.
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