Tangará - "Farra" com dinheiro público eleva rombo nas contas de Prefeitura

O rombo nas contas públicas de Tangará da Serra, cidade do médio-norte do Estado, poder ser maior do que se imagina devido a uma verdadeira ´farra´ que andava correndo por conta do dinheiro público na Prefeitura. O prefeito Miguel Romanhuk, que ocupa o cargo interinamente com o afastamento judicial de Júlio César Ladeia e seu vice, divulgará um relatório sobre essa situação.Os números não são oficiais e ainda não foram totalizados, mas as demissões em andamento, de pessoas não concursadas, já ultrapassam a casa de R$ 300 mil mensais de economia. Isso somado ao longo de um ano, mostra que o ´cabideiro´ era grande, ou seja, mais de R$ 3,5 milhões anuais pelo ralo.

De acordo com informações extraoficiais, os funcionários ´a mais´ da gestão Ladeia seriam mais de 300. Ainda na gestão Jaconias, o vice-prefeito afastado havia veiculado que o rombo das dívidas do município, com gastos acima das previsões, estariam na casa dos R$ 10,5 milhões. Porém, outras fontes sugerem R$ 18 milhões. Na questão do funcionalismo, por exemplo, há denúncias de funcionários ´fantasmas´, ou seja, que recebiam salário sem cumprir sua função. É o caso de um aparentado de um dos ex-superintendentes de governo, que, mesmo sendo concursado e recebendo seu salário regiamente, estaria há mais de três anos em um curso em São Paulo.

Outro ponto do relatório de gastos que deve ser apresentado hoje faz referência aos celulares.

Segundo informações também oficiosas, só na Sinfra estariam distribuídos indiscriminadamente 40 aparelhos. Na Saúde, 60. As contas destes aparelhos com plano corporativo, somadas, chegariam a R$ 15 mil por mês, ou seja, R$ 180 mil por ano. Um ou dois desses celulares estariam de posse do prefeito afastado, Júlio César Ladeia, mesmo depois de seu afastamento, que ainda contaria com os serviços de um carro, pagos pela prefeitura. Na época do afastamento, Jaconias havia retirado o Doblô adaptado de Ladeia, porém, ainda restou outro veículo aos seus serviços. O rol de gastos ´irregulares´ com o dinheiro público tangaraense deve ser elencado pela administração ainda esta manhã. Ontem à tarde, secretários e responsáveis pela auditoria ainda terminavam o relatório e coletavam as provas.

Luciana Menolli