segunda-feira, 20 de junho de 2011

Trama sórdida de R$ 2 milhões contra Serys e envolve Abicalil e Maggi

A sujeira da política começa a sair debaixo do tapete. O “aloprado” Expedido Veloso, funcionário de carreira do Banco do Brasil em Brasília, revelou que a ex-senadora Serys Slhessarenko, do Partido dos Trabalhadores, foi alvo de uma trama sórdida ocorrida em 2006 quando ela disputou, contra a vontade de muitos membros do seu partido, a eleição para governador de Mato Grosso. O nome da senadora foi incluído na “Máfia dos Sanguessugas” a troco de R$ 2 milhões supostamente pagos pelo então governador e candidato a reeleição, Blairo Maggi, do Partido da República, hoje senador.

Agora mais! O negócio teria sido intermediado por Carlos Abicalil, um dos principais inimigos da senadora dentro e fora do partido. Atual secretário do Ministério da Educação, Abicalil teria negociado com Maggi a fabricação do dossiê que teve também incluído o ex-senador Antero de Barros, do PSDB, candidato ao Governo contra Maggi. “O Abicalil já tinha negociado com Blairo Maggi para f. a Serys e o Antero Barros” – disse, segundo publicou a revista Veja neste domingo.

O dinheiro foi pago, de acordo com o “aloprado”, para a família Vedoin, cujo pai, Darci,  e filho, Luiz Antônio, são acusados de comandar um esquema de liberação de verbas do Ministério da Saúde para aquisição de ambulâncias superfaturadas.  “Pagaram 2 milhões aos Vedoin para incluir os dois indevidamente na lista dos sanguessugas” – contou. “Saiu uma reportagem antes da eleição que arrebentou com os dois”.
Veloso contou a história sobre o que aconteceu em  Mato Grosso ao romper um “pacto de silêncio” sobre o rumoroso escândalo do “Dossiê dos Aloprados”, em que às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial daquele ano, a Polícia Federal prendeu em um hotel de São Paulo petistas carregando uma mala com R$ 1,7 milhão.  

O dinheiro estava com Valdebran Padilha, chamado de tesoureiro informal do PT no Estado. O dinheiro seria usado para a compra de documentos falsos que ligariam o tucano José Serra, candidato ao Governo de São Paulo, ao esquema de fraude montado pelos Vedoin no Ministério da Saúde.
Atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Expedito integrou o núcleo central da campanha à reeleição de Lula em 2006 e teria sido um dos encarregados de intermediar a montagem do dossiê com os empresários de Mato Grosso. Veloso admitiu à Polícia Federal participação no caso, mas também disse desconhecer detalhes da operação.

O que se passou em Mato Grosso, de acordo com Expedito Veloso, foi uma espécie de “laboratório” para o esquema maior envolvendo Serra. “A bruxaria não poupou os próprios petistas” – diz a revista. “O pessoal pensa assim: agora é só sair outra igual que arrebenta com o Serra” – disse Expedito Veloso.

As confissões de Veloso chegam  no momento em que o PT tenta reduzir o processo de dizimação que vem enfrentando, mas ajuda a entender o que se passou nesses últimos quatro anos. O partido está em cinzas. No ano passado, por conta do projeto da candidatura ao Senado do então deputado federal Carlos Abicalil, a sigla se esfacelou. Reduzida, elegeu um deputado estadual e um deputado federal. Na semana passada, perdeu o deputado federal pela retotalização de votos determinada pela Justiça Eleitoral.

Em 2006, o PT de Mato Grosso já mostrava sinais evidentes de que caminhava para um “racha”. Senadora eleita em 2004, Serys decidiu seguir com o projeto de candidatura própria, levando-se em consideração a reeleição do presidente Lula. Dentro do PT, o grupo liderado por Carlos Abicalil, Alexandre César e Saguas Moraes – que se consagra atualmente por serem chamados de “trinca do PT” – eram contra e negociavam um entendimento político de aliança com o próprio Maggi. Com maioria, Serys “bancou” a disputa e acabou caindo em desgraça.
“Naquela campanha aconteceu de tudo. Depois do envolvimento do meu nome no caso – coisa que nunca aconteceu – o Comitê ficou às moscas. Só tínhamos apoio do nosso grupo. Cada um foi fazer sua campanha” – lembra Serys, que, em meio as discussões sobre infidelidade partidária, recordou que os próprios petistas foram infiéis ao projeto vencedor da candidatura própria.

Após a eleição, o  PT não demorou a sucumbir ao chamado “canto da sereia”. Antes do segundo turno, Maggi e PT já eram aliados por conta da posição do então governador reeleito favorável a reeleição de Lula. Mesmo sem o controle do partido, o grupo de Carlos Abicalil foi abençoado com a Secretaria de Educação. Dali, com mais de 150 cargos nas mãos, se estruturou e hoje controla o PT. Serys confirmou que Veloso lhe contou a história do que se passou em 2006 e com a participação de membro proeminentes do PT. “Ele disse que meu envolvimento com aqueles bandidos foi tudo uma armação criminosa contra mim, patrocinada pelos colegas do partido”.

Edilson Almeida

Um comentário:

  1. quem nao se lembra do vice do saguas, o maninho do contasse, parece q o saguas tambem passou o rodo e puchou o tapete dele, e bem estilo saguas e abicaliu de ser, pior isso nao me surpreende ,o q me revolta e como tratan a saude em JUINA
    isso e PT minha gente

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