A sujeira da política começa a sair debaixo do tapete. O “aloprado” Expedido Veloso, funcionário de carreira do Banco do Brasil em Brasília, revelou que a ex-senadora Serys Slhessarenko, do Partido dos Trabalhadores, foi alvo de uma trama sórdida ocorrida em 2006 quando ela disputou, contra a vontade de muitos membros do seu partido, a eleição para governador de Mato Grosso. O nome da senadora foi incluído na “Máfia dos Sanguessugas” a troco de R$ 2 milhões supostamente pagos pelo então governador e candidato a reeleição, Blairo Maggi, do Partido da República, hoje senador.
O dinheiro foi pago, de acordo com o “aloprado”, para a família Vedoin, cujo pai, Darci, e filho, Luiz Antônio, são acusados de comandar um esquema de liberação de verbas do Ministério da Saúde para aquisição de ambulâncias superfaturadas. “Pagaram 2 milhões aos Vedoin para incluir os dois indevidamente na lista dos sanguessugas” – contou. “Saiu uma reportagem antes da eleição que arrebentou com os dois”.
Veloso contou a história sobre o que aconteceu em Mato Grosso ao romper um “pacto de silêncio” sobre o rumoroso escândalo do “Dossiê dos Aloprados”, em que às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial daquele ano, a Polícia Federal prendeu em um hotel de São Paulo petistas carregando uma mala com R$ 1,7 milhão.
O dinheiro estava com Valdebran Padilha, chamado de tesoureiro informal do PT no Estado. O dinheiro seria usado para a compra de documentos falsos que ligariam o tucano José Serra, candidato ao Governo de São Paulo, ao esquema de fraude montado pelos Vedoin no Ministério da Saúde.
Atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Expedito integrou o núcleo central da campanha à reeleição de Lula em 2006 e teria sido um dos encarregados de intermediar a montagem do dossiê com os empresários de Mato Grosso. Veloso admitiu à Polícia Federal participação no caso, mas também disse desconhecer detalhes da operação.
O que se passou em Mato Grosso, de acordo com Expedito Veloso, foi uma espécie de “laboratório” para o esquema maior envolvendo Serra. “A bruxaria não poupou os próprios petistas” – diz a revista. “O pessoal pensa assim: agora é só sair outra igual que arrebenta com o Serra” – disse Expedito Veloso.
As confissões de Veloso chegam no momento em que o PT tenta reduzir o processo de dizimação que vem enfrentando, mas ajuda a entender o que se passou nesses últimos quatro anos. O partido está em cinzas. No ano passado, por conta do projeto da candidatura ao Senado do então deputado federal Carlos Abicalil, a sigla se esfacelou. Reduzida, elegeu um deputado estadual e um deputado federal. Na semana passada, perdeu o deputado federal pela retotalização de votos determinada pela Justiça Eleitoral.
Em 2006, o PT de Mato Grosso já mostrava sinais evidentes de que caminhava para um “racha”. Senadora eleita em 2004, Serys decidiu seguir com o projeto de candidatura própria, levando-se em consideração a reeleição do presidente Lula. Dentro do PT, o grupo liderado por Carlos Abicalil, Alexandre César e Saguas Moraes – que se consagra atualmente por serem chamados de “trinca do PT” – eram contra e negociavam um entendimento político de aliança com o próprio Maggi. Com maioria, Serys “bancou” a disputa e acabou caindo em desgraça.
“Naquela campanha aconteceu de tudo. Depois do envolvimento do meu nome no caso – coisa que nunca aconteceu – o Comitê ficou às moscas. Só tínhamos apoio do nosso grupo. Cada um foi fazer sua campanha” – lembra Serys, que, em meio as discussões sobre infidelidade partidária, recordou que os próprios petistas foram infiéis ao projeto vencedor da candidatura própria.
Após a eleição, o PT não demorou a sucumbir ao chamado “canto da sereia”. Antes do segundo turno, Maggi e PT já eram aliados por conta da posição do então governador reeleito favorável a reeleição de Lula. Mesmo sem o controle do partido, o grupo de Carlos Abicalil foi abençoado com a Secretaria de Educação. Dali, com mais de 150 cargos nas mãos, se estruturou e hoje controla o PT. Serys confirmou que Veloso lhe contou a história do que se passou em 2006 e com a participação de membro proeminentes do PT. “Ele disse que meu envolvimento com aqueles bandidos foi tudo uma armação criminosa contra mim, patrocinada pelos colegas do partido”.
Edilson Almeida
quem nao se lembra do vice do saguas, o maninho do contasse, parece q o saguas tambem passou o rodo e puchou o tapete dele, e bem estilo saguas e abicaliu de ser, pior isso nao me surpreende ,o q me revolta e como tratan a saude em JUINA
ResponderExcluirisso e PT minha gente