Em função da circulação de informações equivocadas nos sites de notícia de Mato Grosso nesta sexta-feira, 24 de junho de 2011, sobre a possibilidade de interdição da ponte sobre o rio Juruena pelos índios Enawene Nawe em protesto contra problemas no atendimento à saúde, a Operação Amazônia Nativa (OPAN) vem esclarecer que:
- A OPAN é conveniada da Funasa desde 2000 e presta atendimento à saúde dos povos Myky, Manoki e Enawene Nawe, no noroeste de Mato Grosso.
- Toda a equipe de saúde que atende via convênio OPAN/FUNASA segue normalmente sua rotina e escalas de trabalho, assim como a Casa de Apoio de Brasnorte, que também está operando normalmente. Diferentemente de outros contextos no país, o Polo Brasnorte, ainda que tenha desafios pela frente rumo ao aprimoramento da atenção à saúde indígena, não está passando por nenhum caos no atendimento aos índios.
- Em todo o país, os convênios com a FUNASA (e não com a SESAI) vigoram até outubro de 2011. Sendo assim não há o que temer quanto a possibilidade de a OPAN ser desligada pela SESAI. A própria SESAI, assim como o DSEI Cuiabá e os povos indígenas Enawene Nawe, Myky e Manoki têm reiteradamente manifestado interesse em que a OPAN continue sendo parceira no campo da saúde indígena em virtude dos bons serviços prestados nos últimos 10 anos. A OPAN vai avaliar oportunamente, junto aos parceiros e povos indígenas, de que maneira sua contribuição terá continuidade quando a responsabilidade pela saúde indígena estiver integralmente a cargo da SESAI.
- As reivindicações dos índios na área de saúde são legítimas e se referem principalmente a problemas de infraestrutura e teto orçamentário. A OPAN tem sido proativa no encaminhamento dos pleitos indígenas e negociações positivas, frutos do controle social indígena. Eles têm sido encaminhados diretamente pelo próprio Conselho Local de Saúde Indígena junto ao DSEI Cuiabá e a SESAI visando a garantia de melhores condições de trabalho e a consolidação do Polo Brasnorte.
- Por fim, a OPAN lamenta a divulgação de informações tão desencontradas pela Funai sobre o atendimento à saúde indígena realizado em Brasnorte. Dados equivocados como os que circularam na imprensa não devem comprometer a credibilidade do DSEI/Cuiabá e suas conveniadas OPAN e Halitinã. Finalmente, reiteramos nosso compromisso e apoio ao fortalecimento do controle social e da saúde indígena.
- A OPAN sempre esteve e continua à disposição de órgãos parceiros, da imprensa e dos demais segmentos sociais para prestar qualquer esclarecimento a respeito de sua atuação.
Andreia Fanzeres, OPAN – Operação Amazônia Nativa
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