Esquema funcionaria em 13 cidades de Mato Grosso |
O secretário de Finanças da Prefeitura de Barra do Bugres, Iandro Almicci, foi flagrado por câmeras do circuito fechado do Banco do Brasil recebendo R$ 15 mil de propina no esquema de fraudes na compra de remédios no esquema encabeçado pela empresa Sulmedi, do Rio Grande do Sul. As imagens do secretário foram divulgadas neste domingo pelo Fantástico, da TV Globo. Iandro teve prisão decretada pela Justiça Federal gaúcha, ficou dois dias preso em Cuiabá juntamente com outros servidores da Prefeitura e do Hospital Municipal.
As câmeras de segurança de um banco mostram Carlos Eduardo da Silva, representante da Sulmedi, sacando R$ 15 mil. O encontro com Iandro Almicci, é na própria agência. “Com o tempo de atuação eles vão ficando menos cuidadosos. O dinheiro é sacado e, imediatamente passado ao secretário” – diz Gabriela Prolle, delegada da Polícia Federal do Rio Grande do Sul, responsável pela investigação.
De acordo com a policial graduada, as imagens mostra o secretário no saguão de entrada do banco. Ao receber o dinheiro, “ele comemora o recebimento de R$ 15 mil diante do circuito interno de TV do banco”.
Além de Iandro Almicci, foram presos em Barra do Bugres na operação deflagrada pela Polícia Federal Rodrigo Salmazo Martins, diretor do Hospital Municipal, José Wilson Pereira Lage, o popular “Maizena”, coordenador de licitação da Prefeitura de Barra do Bugres, e o farmacêutico Germano Modesto Cagnoni.
O esquema de desvio de dinheiro encaminhado pelo Governo Federal para compra de medicamentos para serem distribuídos aos pobres tinha braços em pelo menos 13 cidades de Mato Grosso. De acordo com a Polícia Federal, executadora da “Operação Saúde”, foram cumpridos em Mato Grosso 19 mandados de prisões e de buscas e apreensões de documentos.
As investigações foram concentradas na fraude a licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e formação de quadrilha. Além de medicamentos, havia dinheiro público destinado a aquisição de material hospitalar e outros insumos da área de saúde por prefeituras municipais supostamente desviados.
Edilson Almeida
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