O presidente da empresa IMS Engenharia Mineral, de Belo Horizonte, Juvenil Tibúrcio Félix, anunciou na sexta-feira que as prospecções realizadas pela empresa no noroeste de Mato Grosso relevaram potenciais de depósitos de ferro da ordem de 5 bilhões de toneladas.
A estimativa é depósitos de 2 bilhões de toneladas em Juína e de 3 bilhões de toneladas em Juara, municípios localizados a cerca de 700 km de Cuiabá (MT). A informação foi dada durante seminário sobre mineração realizado em Cuiabá, na sexta-feira .
Segundo o executivo, as primeiras análises revelam teores entre 35% a 57% de ferro, com a vantagem de não apresentar outros minerais contaminantes, que poderiam dificultar a extração da matéria-prima. Ele afirmou que, por meio da empresa mato-grossense Geominas, a IMS vem atuando na prospecção em Mato Grosso há quatro anos.
A próxima etapa, diz ele, será dimensionar as reservas e realizar o estudo de viabilidade econômica de exploração da jazida.
Félix reconhece que o principal entrave para a exploração das possíveis reservas do noroeste de Mato Grosso é a deficiência logística. Para atrair investidores e viabilizar o projeto, ele aposta na construção da Ferrovia Centro-Leste, que ligará Uruaçu (GO) a Vilhena (RO), que passará pelo noroeste de Mato Grosso. Félix calcula que a construção da ferrovia levará em torno de sete anos, entre liberação dos recursos, realização e aprovação do relatório de impacto ambiental e, finalmente, construção.
Mirassol
A GME4, do Grupo Oportunity, do empresário Daniel Dantas, detém a concessão para prospecção e preferência para exploração da área onde foram encontrados depósitos de fosfato e ferro em Mirassol D'Oeste. Técnicos da empresa que participaram do seminário sobre mineração irão na próxima semana para Mirassol, onde iniciarão os estudos sobre a viabilidade de exploração dos minerais.
Fonte do setor mineral explicou que o grande problema dos depósitos de Mirassol D'Oeste é o alto percentual de fósforo (8,5%) presente nas amostras, que revelaram no máximo 41% de ferro. Segundo a fonte, apenas as mineradoras chinesas detêm tecnologia para explorar este tipo formação geológica.
O projeto também esbarra em uma questão logística, pois seria necessário construir um ramal ferroviário para ligar a região até a malha da América Latina Logística (ALL), cujos terminais estão no sudeste do estado.
JNMT, com AE
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